sábado, 22 de dezembro de 2007

Condicionamento

Confesso que não estaria aqui, confesso que deveria dormir mas Deus sabe o que faz, me peguei papeando com uma amiga, aí tempo voou e cá estou. Com novos pensamentos. Bem, novos não, mas agora eles conseguem serem transcritos.

Na verdade eles estão soando em mim como a voz do Espírito Santo. Condicionamento, ato de condicionar- tornar condicional- sujeitar as condições- regularizar.

Ai como isso me doeu. A uns dias atrás estava conversando com um irmão da minha igreja, quando de súbito ele me disse, Carol estou trabalhando em BH e fui numa igreja e ouvi a seguinte ilustração: Um homem chegou em casa com uns pães, quando o seu cachorro o viu logo correu para comer, então ele em alto e bom som disse não! Não! O cachorro então sentou-se no seu lugar; o dono então colocou o pão perto dele e deixou ali, ele sequer tocou no pão, então o dono se afastou e disse pode pegar o cachorro rapidamente devorou o pão.


Quando ele me disse isso logo lembrei do meu trabalho e disse o cachorro está condicionado (é assim que se ensina aos animais, se você fosse dono de um cãozinho ou gatinho e fosse ao meu serviço receberia várias dicas de como ensinar seu pet, e pasme você veria como eles aprendem rápido e são espertos), ele disse eh carol, isso mesmo, e logo emendou, nós fazemos o mesmo com o pecado. Eu faço isso disse-me ele.
Crash! Tudo se quebrou, meu rosto trasnformou-se, e inevitalvelmente concordei tive que concordar. E ele concluiu, nós chegamos na igreja dizemos, pecado fique aí, cultuamos e evitamos a culpa, mas ao sairmos da igreja devoramos o pecado como se fosse a mais apetitosa comida.

Sabe o que eu respondi!? Nada, não tinha o que dizer, afinal minha vergonha estava diante de mim. Afinal de contas num é isso que fazemos? Condicionamos o nosso desejo pelo pecado, ao invés de não desejá-lo, de não ter prazer nele, nós o condiconamos ao momentos que poderemos pratica-lo sem culpa, com um aval. Como se isso existisse, a quem engamos ou pensamos enganar?
Comecei a semana pensando nisso, mas acho que já condicionamos os nossos pensamentos a não meditarem nas coisas do Senhor, apenas ouvir, ou escutar, tentar assimilar e depois deixar de lado.

Fato é que fazemos o processo inverso, nós temos o mau hábito de nos condicionar a esquecer as leis de Deus. Condicionamos o nosso corpo a sentir-se cansado para orar, a ficarmos com sono se acordamos de madruga, a nos sentirmos burros e inaptos ao ler a bíblia, nos condicionamos a não entender nada dela, assim nem precisamos de ler.

Isso deixa claro quem é o dono e quem é o animal, nossas vidas cristãs estão parecendo essa analogia, só que o Senhor tem sido o pecado, o orgulho o nosso ego, e nós, temos sido o cachorrinho obediente que de vez enquanto sacia-se vorazmente da presença de Deus. Quando o nosso pecados nos deixa de lado e parece dizer pode comer eu deixo.

Pai a que pontos chegamos!? Deus a que ponto cheguei..

Ah Deus , ainda bem que o Senhor é como os veterinários de onde trabalho que vira e mexe alertam alguns propietários dizendo: Não deixe ele fazer isso, você precisa ter pulso firme, precisa ignorar essas atitudes senão ele vai dominar você. Toda hora você terá que ceder. Pois ele ja descobriu como convencer você.

Nós recebemos instruções assim do médico de nossas vidas, que deixou a receita escrita lá no livro de Tiago. Resisti ao diabo e ele fujirá de vós. Certo!? Mais ou menos, antes disso escrito está: sujeitai-vos debaixo da potente mão de Deus, resisti ao diabo e ele fugirá de vós.

Sabe quando deixaremos de ser os condicionados para ser os que condicionam? Quando meditarmos na Lei do Senhor, quando condicionarmos os nosso corpo ao Espírito Santo, quando comerçamos a ter fome de Deus, fome de estar com Ele, quando desejarmos ansiosamente por Ele assim como um mendigo anseia por um prato de comida, que quando o consegue, come como se fosse sua última refeição pois não sabe quando terá outra.

Precisamos parar de achar que Deus é delivery e que estará sempre lá nos nossos estralar de dedos, eu sei que os ouvidos d'Ele estão inclinados ao nossos clamores; mas é aos nossos clamores e não aos nossos caprichos.

Assim eu me pergunto, a que tipo de condicionamento eu tenho me prestado? E finalizo assim, porque não tenho mais palavras a não ser esperar pelas misericórdias.

Afinal se não fossem elas nós não estaríamos aqui.

Emudecida estou. Meus pensamentos silenciaram-se o que restou foi um coração quebrado e consternado que espera ter chance de ser perdoado e mudado.
Que o amor trasnformador nos eduque todos os dias e que a misericordia seja constante em nossas vidas.
Carol

Um comentário:

Anônimo disse...

Amém...que assim seja!!
Quero condicionar-me mais a Deus.Ainda bem que Ele alerta quando tem algo errado.

Bem vindos a loucura dessa cabecinha.Se possível volte sempre