sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Trasnculturalidade do lado de casa.

Vivemos em um país que é considerado um dos maiores celeiros do mundo para o envio de missionários, isto se deve à grande variedade étnica e miscigenações aqui existentes. Entretanto, quando pensamos em missões transculturais o que nos vem à mente é algo distante de nossa realidade e que, talvez, nunca vivenciaremos. Somos acostumados a transferi a responsabilidade para os nossos queridos irmãos que consideramos serem os escolhidos, ou seja, com a vocação (chamado) para missão transcultural. Nosso entendimento é limitado e a nossa visão da cultura brasileira é por vezes incapaz de galgar outros horizontes que vão além da mesmice que nós rodeia. Cabe então a pergunta, como nós temos enxergado a cultura brasileira? Se a analisarmos cuidadosamente podemos defini-la como uma cultura constituída de várias outras culturas e subculturas. Assim como tantas outras, todavia com uma singularidade. Nossa identidade cultural está na pluralidade dessa formação.

A realidade deste país no qual vivem milhões de árabes, judeus, japoneses e entre tantos outros povos deve nos levar a refletir sobre o fato de que todos nós, talvez, sejamos ou venhamos um dia ser, missionários transculturais; até porque desconsiderar que a contemporaneidade é marcada pela globalização, nos levaria a uma grande negligência.

A pluralidade cultural de nosso povo exige de nós uma atenção e dedicação ainda maior no que se refere à proclamação das boas novas. Quantos de nós na faculdade, no trabalho, e até em nossa vizinhança não convivemos com pessoas de diferentes regiões, costumes, nacionalidades e, principalmente, religiões? O campo é vasto e maior do que pensamos, por isso é necessário acordarmos para este fato e encararmos que podemos ser missionários transculturais em nossa própria cultura. Cabe a nós estarmos refletindo; essa é nossa responsabilidade como embaixadores de um Reino que está acima de todo reino e de uma Cultura que está acima de toda Cultura.


** Texto do ABU in foco, feito pelo poeta palhaço e io.

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