A velha caimnhada

A minha velha caminhada hoje venceu minha preguiça, então pude novamente viver momentos que só ela é capaz de me proporcionar. Gosto de caminhar, não pratico caminhada esportiva,foi a falta de recursos financeiros que me fizeram aprender a valorizar o velho andar.

Gosto de ler enquanto caminho, na verdade só consigo ler assim, quando fico parada logo sou vencida pelo sono, preguiça, então fecho os livros e vou fazer outra coisa( detalhe nunca caí, ou tropeçei, ou esbarrei em alguém rsrs), a única coisa que tenho por hábito ler no meu cantinho é o almeidinha( minha bíblia) ali sim encontro a tranquilidade e a serenidade que preciso para ouvir a voz de Deus, mas com os livros só em movimento ou em meio a algum barulho, vai entender né!?

A terça começou diferente da segunda, o que era um sentimento de alegria na segunda foi alcançado pelo dilema da dor.

Tenho tido inúmeros conflitos internos sobre dor, sofrimento e pessoas, talvez isso se dê pelas sucessivas decepções que tive, acreditei tanto em pessoas, me doei tanto, que me permitir ser ferida de tal forma que hoje ainda existe mais do que cicatrizes, mas uma intensa dor, as feridas ainda não estão totalmente curadas.Mas creio que isso é fruto da minha aula para aprendrer mais de Deus.

Esse foi o tema da minha caminhada com Deus, o probelma do sofrimento(título de um livro que tenho do C.S. Lewis), tenho aprendido muito com ele, embora não o tenha lido por inteiro, na verdade estou lendo um debate entre Freud e Lewis, sobre Deus, amor, sexo, e o sentido da vida.

Tenho lido sobre a vida desses dois homens que partilhavam a mesma ideologia até que um foi alcançando pelo que ele chama de joy( intensa alegria), ao ler sobre a vida de freud e suas teorias consigo compreender o sofrimento desse homem e até entendo no que ele se tornou, mas isso não justifica o que ele foi.

Lewis também sofreu bastante, desde sua infância assim como Freud, mas um dia foi alcançado pela verdadeira alegria, ele conheceu e reconheceu o amor de Deus.

Sabe hoje li os capítulos finais do livro, que tratam de amor ( àgape, eros, storge, phília) palavras de origem grega que "classifica" as formas de Amar, Àgape refere-se ao Amor de Deus è a maior forma de Amor, é o amor que Deus tem por nós e que é bom em qualquer circunstância;o eros refere-se ao amor romântico entre pessoas apaixonadas; o storge é a feição entre membros de uma família e o phília e o da amizade.

Li atentamente esse capítulo, afinal de contas ele vem tratando de uma questão crucial da minha vida.

Tem sido díficil pra mim mais do que nunca me relacionar com as pessoas...

Tenho preferido ficar só, ou apenas em companhia de poucas pessoas, talvez vc pode imaginar essa garota tá depressiva, não, não é isso, esse tem sido o meu momento de aprendizado, sabe minha velha caminhada me trouxe muita coisa hoje, as palvras do livro, a melodia que saía do meu mp3, e a doce voz do Espírito Santo me fez lembrar do que realmente importa.

Pude perceber meu companheiro Jesus bem pertinho de mim, me ensinando mais uma vez sobre como se ama, como ele se importa com todos sem exeção, como ele tem o controle de tudo, que tudo que Deus faz é bom.

Deus não é mal, ou não existe como afirmou Freud, mas Ele é sim soberano e nos deixa escolher o certo e o errado como diz Lewis. Sim o sofrimento não é uma forma que Deus tem de testar a nossa fé, ele já sabe como ela é; ele é a forma que temos de descobrir o que somos , e como podemos ser...

Vários trechos do livro mexeram comigo, quando lewis discorre sobre os amores, quando ele fala da afeição, e da amizade, nesse ponto quase gritei de tanta dor, ela dilacerava meu peito, as lágrimas corriam no meus olhos e eu apenas segurava a avalanche de sentimentos...

Enfin, não consigo vencer minha natureza emotiva, minha sensibilidade, minha sensação de que fui injustiçada, minha dor ao reconhecer meu egoísmo, ao ver que as vezes olho tão errado que nem consigo perceber ao redor, contraditóriamente, as vezes vejo tanto ao redor que esqueço de mim me levando a dores profundas. Disso tudo, me recordo da lição que vem do Senhor que a temperança e o equilíbrio são indispensáveis a nossa vivência.

Minha velha caminhada, me levou mais longe do que pude imaginar, geograficamente o trajeto foi pequeno de casa ao centro da cidade, do centro para o trabalho com uma parada de 30 minutos na praça, do trabalho a igreja, da igreja pra casa. Pronto foi o suficiente pra ver meu mundo girar de ponta a cabeça.

Estou em estado de efervescência, pensamentos, sentimentos, atitudes, tudo, tudo muito louco e inquietante. Só que nisso tudo tenho paz, dá pra entender!?

É confuso mesmo, é algo sem muita explicação clara, pois são nesses momentos que mais consigo ver a Deus, é assim que consigo percebe-lo, é quando estou me sentindo tão sozinha e machudada e incapacitada que percebo o que ele faz, como ele nos valoriza, nos ajuda...

Sabe é muito bom poder encontrar o lugar de paz, pena que nem todo mundo tenha isso, sei que a culpa é minha, tenho consciência do que tenho feito é pouco, ou melhor o que tenho feito?

Ah Deus, continue me ajudando a pelo menos tentar fazer tudo que me é possível.

Olha nem sei quem vai ler isso aqui, afinal isso na verdade tem sido parte da minha terapia de vida, aqui desabafo um pouco da minha humanidade, todas as vezes que saio daqui consigo visualizar minha dependência de criatura sendo tocada pelo criador.Assim vislumbro uma pequena parte da glória de Deus manifestada em pequenos atos.

Deus é mais que bom e eu sei disso, todo e qualquer sofrimento pode te levar a dois caminhos: o da Fé em Deus e a aceitação do seu amor, ou a tristeza profunda que acarreta a morte gradativa incapacitando vc de viver uma verdadeira felicidade.

>Bom paro aqui o restante como já sabem, vai para o lugar particular...

Boa semana a todos a terça do blog termina aqui..

Beijos, abraços... Muitos abraços,pois sinto falta de seus braços...

** PS

AH já ia esquecendo lembrei-me de você hoje, bem mais do que o de costume rsrsrs